O Instituto Ricardo Jorge confirma um número de mortos mais elevado do que o habitual, mesmo sem fazer uma relação direta entre esse aumento e o calor intenso do início do mês.
São mais 800 mortes do que as habituais para esta altura do ano e foram registadas na semana que terminou a 14 de julho. Um número superior às 1750 de média e que incide em particular no grupo etário com mais de 75 anos.
O jornal Correio da Manhã da manhã fez as contas e conclui que é a terceira semana em que a mortalidade sobe em Portugal, coincidindo com o período em que o país esteve debaixo de temperaturas a rondar os 40 graus.
Na semana anterior, a primeira de julho, a média já tinha sido ultrapassada em 600 mortes, e na última semana de junho mais 200 pessoas tinham morrido face aos valores médios desse período.
Ao todo foram registadas 7000 mortes, mais 1600 casos que o valor médio de mortalidade nesta época do ano.
O sistema de vigilância da mortalidade do Instituto Ricardo Jorge avalia a informação disponibilizada pelas conservatórias do Registo Civil, que diariamente enviam os dados referentes aos óbitos registados no dia anterior.
No entanto, o instituto não estabelece uma relação direta entre uma maior mortalidade e o aumento do calor registado no início de julho.
Mas um especialista ouvido pelo jornal refere que perante uma vaga de calor a mortalidade afeta principalmente os idosos com mais de 75 anos. Explica o professor da Faculdade de Medicina da Uuniversidade de Coimbra que os mais velhos perdem a sensação de sede.
A Direção Feral de Saúde remete para o final do Verão as análises dos dados sobre a mortalidade e uma eventual relação com a onda de calor de junho e julho.