Classificada pela UNESCO como Património da Humanidade, esta biblioteca da Universidade de Coimbra passou a ter ainda mais atenção com cada vez mais visitantes a acorrerem ao local.
As visitas à Biblioteca Joanina, da Universidade de Coimbra, vão dentro de alguns meses ter de ser marcadas previamente por todos os visitantes por causa do crescente interesse pelo local.
Desde que foi classificada pela UNESCO como Património da Humanidade, a biblioteca passou a ter ainda mais atenção entrando de 20 em 20 minutos grupos de até 40 pessoas na jóia da coroa da Universidade de Coimbra.
Em declarações à TSF, o historiador de arte Milton Pacheco lembrou que o rei «D. João V foi o patrocinador desta magnífica casa da livraria, uma biblioteca destinada à comunidade académica».
«Diria que seria mais uma biblioteca para príncipes do que para estudantes e académicos», acrescentou este especialista, que destaca os «pormenores decorativos das estantes de riqueza extrema», estantes que são «altamente funcionais».
Milton Pacheco explicou que estas estantes são «distribuídas por dois pisos de modo a recolher o mais número de obras» e destacou as «escadas de acesso que são incrustadas nas próprias estantes para que não sendo necessárias tenham arrumo».
«Os tetos deslumbrantes» sempre com a presença da «sabedoria, que é a marca da Universidade» são outro dos destaques desta biblioteca que outrora era apenas um local de estudo dos estudantes de Coimbra.
«Penso que seria complicadíssimo para os estudantes conseguirem alcançar alguma concentração com esta obra de arte riquíssima e com pormenores decorativos que levam várias horas a conhecer e a observar», concluiu.