Portugal

MNE «empenhado e atento» sobre evolução da situação na base das Lajes

Vasco Cordeiro Global Imagens/Gerardo Santos

O presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, manifesta agrado pela forma como o Governo está a acompanhar o caso mas evita um excesso de otimismo sobre a questão.

O presidente do Governo Regional dos Açores encontrou-se esta segunda-feira com o ministro dos Negócios Estrangeiros para discutir a questão da Base das Lajes, num altura em que se aguarda uma decisão do senado americano sobre a redução de pessoal na base.

Em 23 de junho, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou por unanimidade uma emenda à legislação que proíbe a Força Aérea norte-americana de reduzir a estrutura militar da Base das Lajes em 2014, uma decisão previamente anunciada pelo departamento de Defesa dos EUA:.

No entanto, esta medida tem ainda de ser confirmada pelo Senado norte-americano, algo que nao está garantido que aconteça.

Em declarações aos jornalistas, no final da reunião, Vasco Cordeiro manifestou-se satisfeito com o facto de «a liderança deste processo continuar no âmbito das relações diplomáticas» e «continuar a ser liderado pelo ministério dos Negócios e pelo senhor ministro».

O chefe do Governo regional dos Açores adiantou que Rui Machete demonstrou «todo o empenho e atenção» sobre a situação das Lajes, de «importância essencial para a ilha Terceira e para a região autónoma dos Açores ».

«Da parte do Governo dos Açores merece também um contacto muito próximo e uma articulação com um conjunto de entidades que podem ter relevância na sensibilização dos senadores americanos para a importância desta matéria», acrescentou.

No entanto, o responsável do Executivo açoriano evitou excesso de otimismo ao frisar que, de momento, permanece em vigor a decisão inicialmente apresentada pelo departamento de Defesa da administração do Presidente Barack Obama, que aponta para uma redução de pessoal nas Lajes e em outras instalações militares dos EUA na Europa continental.

«Mas não desistimos de trabalhar e de tentar criar as condições para que, a concretizar-se, esta decisão possa ser devidamente acautelada nos seus efeitos sociais e económicos para a ilha Terceira e a região autónoma dos Açores», disse, à saída do Palácio das Necessidades, antes do regresso a Ponta Delgada.

Numa breve referência à adoção de eventuais medidas de segurança excecionais da base das Lajes relacionadas com o alerta global sobre eventuais atentados terroristas contra embaixadas e interesses ocidentais, Vasco Cordeiro disse não ter conhecimento de qualquer decisão.

«Mas é algo relativamente ao qual a Força Aérea portuguesa tem todo o conhecimento dessa matéria, porque é uma base portuguesa, e terá certamente dados acrescidos, a existirem, sobre este assunto», afirmou.

Redação