O PS responde dizendo que é uma tentativa vil de envolver o líder do partido na polémica dos swaps.
O líder parlamentar do PSD desafiou hoje o secretário-geral socialista a pronunciar-se sobre as «posições políticas» dos assessores do anterior Governo no caso dos 'swaps' e questionou se o líder socialista é «cúmplice e conivente» com elas.
O presidente do grupo parlamentar do PSD, Luís Montenegro, que interrompeu as férias iniciadas na quinta-feira para fazer uma declaração aos jornalistas, afirmou que «os assessores do Governo anterior entendiam que o recurso aos 'swaps' poderia ser uma solução para maquilhar o défice e a dívida pública para apresentar aos parceiros europeus», naquilo que classificou como «uma espécie de poção mágica.
O líder parlamentar do PSD diz que só o bom senso do então presidente do IGCP, Franquelim Alves, salvou a situação.
Por isso, o líder parlamentar social-democrata lançou três questões ao PS: «Em primeiro lugar, se o PS e o seu secretário-geral tomam alguma posição perante estes factos novos. Em segundo lugar, se o PS e o seu secretário-geral concordam com a posição política assumida por governantes e assessores do anterior Governo no sentido de recorrer a estes contratos para mascarar as contas públicas. E em terceiro lugar, se o secretário-geral do PS, que reclama tantas demissões, é cúmplice e conivente com as posições assumidas por aquele que é hoje o seu principal conselheiro económico», referindo-se a Óscar Gaspar.
A resposta do PS
O PS já respondeu ao repto lançado pelo PSD condenando aquilo que chamam de tentativa « vil e e soez» do PSD de envolver Seguro no processo das 'swaps'.
Num comunicado enviado à comunicação social, o PS assegura que em nenhum momento o secretário-geral do PS participou em qualquer processo político ou «desempenhou qualquer função remotamente relacionada com a negociação de SWAPS entre instituições financeiras e o Estado português»
«O PSD através do seu líder parlamentar protagonizou um lamentável momento de política rasteira e destituída de qualquer dignidade pessoal ou política. Foi uma tentativa vil e soez de envolvimento do Secretário-Geral do PS no processo dos SWAPS apesar de ser público e notório que nada o liga ao processo», lê-se na nota do PS.
No comunicado, os socialistas recordam ainda que, na qualidade de ex-assessor económico do anterior primeiro-ministro, Óscar Gaspar, que é atualmente conselheiro económico de António José Seguro, prestou na quinta-feira, em comunicado enviado à comunicação social, todos os esclarecimentos relativamente a esta matéria.
O PS insiste também que quem deve esclarecimentos ao país é o primeiro ministro, que precisa de dizer se mantém ou não a confiança no equipa das finanças que está «eticamente ferida de morte».