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Famílias separadas há 60 anos na Coreia na agenda da Cruz Vermelha

As famílias separadas entre Norte e Sul da Coreia estão no centro das preocupações do líder do Cruz Vermelha, de visita a Pyongyang.

É uma viagem importante para assinalar a data simbólica do armistício e que, para o Comité da Cruz Vermelha Internacional, pode ajudar a resolver um problema humanitário que se arrasta há sessenta anos: famílias que foram separadas pela guerra entre os dois países.

Ewan Watson, relações públicas da Cruz Vermelha Internacional, lembra que o facto de a Coreia do Norte ter dado luz verde ao reencontro destas famílias pode ser um primeiro passo para resolver uma questão urgente.

A viagem do presidente da organização, Peter Maurer, serve também para outros assuntos. Segundo explica Ewan Watson, com presença permanente há dez anos na Coreia do Norte, a Cruz Vermelha Internacional tem atualmente 25 funcionários no escritório de Pyongyang e em quatro hospitais do país, sobretudo a trabalhar nas áreas da cirurgia ortopédica e reabilitação. Uma relação que gostariam de manter e aprofundar.

Nos vários encontros que vai manter com responsáveis das duas coreias durante a visita, o presidente da Cruz Vermelha Internacional vai sublinhar, acima de tudo, a importância da reunião das famílias separadas.

Neste momento, na Coreia do Sul, há mais de setenta mil pessoas registadas na lista de quem perdeu familiares durante a guerra.