[notícia corrigida às 09h52] As declarações da diplomata e jurista Carla del Ponte, que integra a Comissão de Inquérito da ONU para a Síria, responsabilizando os rebeldes por terem levado a cabo um ataque com armas químicas perto de Damasco, foram feitas em maio.
Carla Del Ponte considerou nessa altura que os rebeldes sírios seriam os responsáveis pelo ataque com armas químicas feito em abril nos arredores de Damasco.
A ex-presidente do Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia, que integra a Comissão de Inquérito da ONU para a Síria, disse então que havia suspeitas fortes de que foram os opositores ao regime de Bashar al-Assad que estiveram na origem do ataque.
Apesar de, na altura, as provas recolhidas no terreno não serem totalmente irrefutáveis, a diplomata e jurista explicou que os depoimentos de algumas testemunhas levavam a crer que foram utilizadas armas químicas, em especial gás sarin.
«O que nos pareceu durante a investigação é que foram os rebeldes a utilizá-las», adiantou então Carla del Ponte, que disse que até essa altura não tinham sido encontradas provas de que o regime sírio tenha usado armas químicas, apesar de serem precisas mais investigações.
Reagindo a estas declarações, o porta-voz do Exército de Libertação da Síria rejeitou esta versão, ao lembrar que os rebeldes não dispõem de mecanismos para lançar este tipo de armamento e nem o querem fazer.