Poiares Maduro reconheceu que, no atual contexto, «é inevitável» reduzir pensões, sublinhando que a sustentabilidade da Segurança Social coloca desafios de curto prazo «particularmente graves e difíceis de resolver». Sobre a possibilidade de um segundo resgate, o ministro admitiu que «há circunstâncias que o Governo não controla».
«É inevitável, neste contexto e a curto prazo, que haja reduções nas pensões, essas reduções têm de atender a proteger aqueles que estão em situação de maior fragilidade e atender à circunstância que as pessoas, à medida que vão progredindo na vida, e quanto maior é a sua idade, maior a dificuldade em mudar o seu plano de vida», disse Poiares Maduro, durante uma 'aula' na Universidade de verão do PSD, que decorre até domingo em Castelo de Vide.
Admitindo que a sustentabilidade da Segurança Social «é um problema que coloca desafios de curto prazo particularmente graves e difíceis de resolver», Poiares Maduro apontou a convergência da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações como exemplo de que o Governo está atento às preocupações de proteger os mais desfavorecidos.
Poiares Maduro assegurou ainda que o executivo tentará sempre responder ao problema da sustentabilidade da Segurança Social «com equidade e atendendo aos interesses diferentes».
A propósito da possibilidade de um segundo resgate, o ministro admitiu que «há circunstâncias que o Governo não controla», sublinhando que a ação política está condicionada pela ação de outros poderes, como o judicial.
«Tudo aquilo que o Governo tem feito é no sentido de garantir condições de o Estado não necessitar de um segundo resgate, isso é claro, é reconhecido pelos nossos parceiros internacionais», afirmou.