Economia

Plano de reestruturação do BCP aprovado pela Comissão Europeia

O BCP anunciou hoje que a Comissão Europeia aprovou o seu plano de reestruturação, tendo considerado que cumpre as leis europeias em matéria de auxílios estatais demonstrando que o banco é viável sem o apoio contínuo do Estado.

Em comunicado divulgado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Banco Comercial Português adianta que "o foco nas atividades 'core' [de fundo] permitirá reforçar o apoio à economia e às famílias" e "robustece a estratégia".

O comunicado refere que o novo plano tem como base um "reforço do financiamento à economia com o cumprimento pleno das exigências regulatórias dos níveis de capital" e "o enfoque estratégico da atividade através da separação entre ativos considerados 'core' e não 'core', tendo como objetivo a redução dos ativos não core de forma progressiva".

Além disso, o projeto visa "a desalavancagem do balanço, com o desinvestimento de ativos não 'core' e com a definição de um rácio LTD (loans to deposits) de 120%, a partir de 2015" e "a melhoria da eficiência operacional, atingindo um ROE (retorno dos capitais próprios) mínimo de 10% e um CTI (custo sobre proveitos) máximo de 50%, ambos a partir de 2016".

Entre outros objetivos, o BCP quer permitir "um leque de opções de investimento mais alargado" e a continuação "do processo de ajustamento da estrutura do banco no mercado nacional".

O acordo, acrescenta o BCP, implica uma redução de cerca de 25% dos custos com pessoal de dezembro de 2012 a dezembro de 2015.

Na atividade internacional, o plano "reforça a relevância das operações estratégicas em Angola e Moçambique", enquanto a Polónia continua a ser uma operação central do negócio enquanto a filial na Roménia e a participação no banco grego Piraeus deverão ser vendidas "a médio prazo".

"Foi alcançado o melhor acordo possível para todas as partes envolvidas, permitindo ao banco manter os seus ativos 'core' e continuar a desenvolver a atividade comercial nas principais linhas de negócio, com menor risco de execução", afirmou o presidente da comissão executiva do BCP, Nuno Amado.

PMC // SB

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Este texto da agência Lusa foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.