O líder do PS diz que o primeiro-ministro tem dificuldades em conviver com a Constituição. Seguro lançou também uma ideia polémica: a exclusividade dos funcionário na Saúde.
António Jose Seguro diz que Passos Coelho «não é dono do país».
Em entrevista à TVI 24, o líder do PS criticou a forma como o primeiro-ministro reagiu ao chumbo do Tribunal Constitucional à Lei da Reestruturação da Função Pública.
Seguro disse que Passos Coelho tentou afastar responsabilidades e acusou o primeiro-ministro de conviver mal com a Democracia.
Referindo-se às declarações de Passos Coelho, proferidas domingo no encerramento da Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide, Seguro afirmou que Passos, ao acusar os juízes do Tribunal Constitucional de falta de bom senso está, na prática, a acusar Cavaco Silva.
Nesta entrevista, António José Seguro falou também da situação económica do país considerando que a troika vai voltar a ter de rever as metas orçamentais.
O líder socialista diz que o país não consegue, sem recurso a medidas extraordinárias, chegar no final do ano a um défice de 5,5 por cento.
Seguro acusou ainda Passos Coelho de encarar o Estado e os Funcionários Públicos de forma injusta e imoral.
Nesta entrevista, António José Seguro retomou algumas das ideias que levou ao encerramento da Universidade de Verão do PS, como a redução do IRC para os primeiros 12500 euros de lucro, ou a redução do IVA na restauração.
Quando confrontado com o facto de só anunciar promessas simpáticas, o líder socialista lançou uma ideia com polémica garantida entre médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde: a exclusividade dos trabalhadores no sector da Saúde.
Questionado sobre para quando vai apresentar nomes de um eventual futuro governo socialistas, António Jose Seguro não quis assumir o compromisso de que vai apresentar uma especie de governo sombra e disse que, por agora, é tempo de apresentar novas ideias para o país.
Ainda assim, adianta, mais cedo ou mais tarde vão começar a aparecer figuras do lado do PS que vão assumir de forma sectorial o discurso de um futuro governo socialista.