Autárquicas 2013

Passos Coelho: Eleições autárquicas vão marcar nova fase

Pedro Passos Coelho defende que as eleições autárquicas vão marcar uma nova fase na vida nacional e local.

No final de uma reunião de candidatos em Vila Nova de Gaia, o líder do PSD sublinha que o país está a ser reconstruído e que por isso é preciso o empenho de todos.

«Estas eleições marcarão uma fase nova da vida nacional e local. É o tempo em que nós estamos a reconstruir Portugal e precisamos de todos de ter um Governo que sabe para onde quer ir. Precisamos de ter empresas, empresários, famílias e trabalhadores que não levem mal a expressão de dar o litro para defender a sua empresa, o seu negócio, a sua terra e os seus trabalhadores», adiantou Passos Coelho.

O líder do PSD adiantou também que há boas razões para que alguns analistas de mercado pensem que no dia em que a troika sair de Portugal, «volta o desatino e a insustentabilidade».

«Como é que o principal partido da oposição decidiu encarar a reabertura parlamentar agora em setembro? Dizendo: é preciso baixar os impostos», criticou, questionando como é que é possível «construir o futuro com demagogia desta maneira».

Na opinião do primeiro-ministro, «a estratégia que foi adotada por causa do Tribunal Constitucional, da judicialização das candidaturas locais, também é seguida para esta eleição».

«Obriguem lá o Governo a dizer que não baixa os impostos, obriguem lá o Governo a recordar tudo isso para as pessoas votarem contra eles. Que maneira de fazer política. Que tristeza. Como é possível que ainda alguém pense que esta esperteza saloia pode render votos em Portugal?», condenou.

Passos garante ainda que o Governo nunca avança «com falsas boas notícias como outros fizeram antes de atos eleitorais importantes».

«Quem não tem a responsabilidade de governar, também tem responsabilidades, ou porque já governou ou porque hoje precisa de juntar a sua voz, com esperança construtiva para o trabalho de reconstrução nacional que nós estamos a fazer», apelou.

O líder do PSD comparou a situação da Irlanda a Portugal, considerando que os irlandeses têm taxas de juros mais baixas porque beneficiam, do ponto de vista externo, «do preconceito que existe sobre alguns países do sul», destacando a «grande vontade coletiva de vencer aquela crise».

«[Em Portugal], tivessem aqueles que, não estando no Governo, olhassem para o interesse do país mais do que para aquilo que lhes vai à frente das lentes dos óculos e se calhar nós em Portugal seríamos vistos, do exterior, de outra maneira», sublinhou.

Na opinião de Passos, se em Portugal não fosse preciso, ano a ano, «substituir medidas por outras», talvez «lá fora não se achasse que há tanta reticência e relutância em fazer o que é preciso».

«Todos sabem qual é o custo de estar sempre a voltar ao ponto de partida para dizer que vamos resolver um problema que já tínhamos resolvido», disse.

Por isso, para o primeiro-ministro, aquilo que distingue Portugal é «algum preconceito» associado à tradição e à língua, mas sobretudo por não se ter mostrado ainda o suficiente em termos de «coesão e de vontade coletiva».

Redação