No encerramento da Festa do Avante, Jerónimo de Sousa lançou críticas ao Governo e ao PS, avisa que não vai dar tréguas e que as autárquicas vão ser decisivas para a luta contra o Governo.
O secretário-geral do PCP criticou hoje a «política de rapina» do Governo da maioria PSD/CDS-PP, que faz da Constituição da República Portuguesa «bode expiatório», sem deixar de fora o PS porque abriu caminho ao "pacto de agressão".
O líder comunista, num discurso de cerca de uma hora, perante uma plateia de várias dezenas de milhares de pessoas, no palco 25 de Abril da Quinta da Atalaia, condenou o anúncio do executivo de Passos Coelho e Portas de «um novo ciclo, uma viragem na ação do Governo, uma operação de pura propaganda». «Tudo mentira, tudo mistificação», disse.
O deputado do PCP classificou outro ano de funções do executivo, o segundo, como «uma governação de destruição e desastre nacional», na «aplicação do pacto de agressão de ruína do país e da vida dos portugueses que o PS e os partidos do atual Governo concertaram com o Fundo Monetário Internacional, União Europeia e Banco Central Europeu ['troika'], à revelia do povo».
E se o ano parlamentar anterior teve 5 moções de censura e nenhuma derrubou o Governo, Jerónimo de Sousa acredita que este ano será de viragem e o PCP não dará tréguas.
O secretário-geral do PCP não poupo também o Partido Socialista a quem acusa de amparar os golpes do Governo e só agora, com a aproximação de eleições, está a "encher o peito".
O Partido Comunista promete uma luta dura nos próximos tempos e garante que o combate autárquico vai ser uma batalha política de extrema importância contra os que insistem num desate nacional.