Política

OE2014: PSD acusa PS de irresponsabilidade e eleitoralismo

Global Imagens/Paulo Jorge Magalhães

O PSD lamenta e critica a direção do líder do PS que anunciou que o partido vai votar contra a proposta do orçamento do Estado para o próximo ano, mesmo sem conhecer o documento.

Em conferência de imprensa, na sede nacional dos sociais-democratas, em Lisboa, Marco António Costa, afirmou que o PSD «não pode deixar de lamentar a atitude do líder da oposição ao ameaçar o país com o voto contra um orçamento que ainda nem sequer conhece» e deixou «um apelo a que, em sede parlamentar, e depois de conhecido o texto concreto do Orçamento do Estado, o PS possa definir a sua posição».

O PSD reagiu desta forma a declarações do secretário-geral do PS, António José Seguro, feitas numa entrevista publicada na edição de domingo do Diário de Notícias.

Nessa entrevista, questionado se o PS vai votar contra o Orçamento do Estado para 2014, António José Seguro respondeu: «Mas há algum indício de que assim não seja? Eu não conheço a proposta do Orçamento de Estado, mas, naturalmente, os portugueses estarão, com certeza, à espera daquilo que será o nosso voto, porque a política do Governo se vai manter?».

Antes de apelar ao PS para que pondere a sua posição relativamente ao próximo Orçamento do Estado, o porta-voz do PSD acusou António José Seguro de prosseguir a mesma «política de irresponsabilidade» que conduziu Portugal à necessidade de um resgate financeiro durante o Governo socialista de José Sócrates.

Marco António Costa sustentou que «este ambiente pré-eleitoral que se vive no país estar a arrastar o PS para a definição de uma posição prévia relativamente ao Orçamento do Estado», numa alusão à campanha para as eleições autárquicas de 29 de setembro.

O social-democrata alegou que, em contraste, « PSD, enquanto partido da oposição, seja com a liderança de Marcelo Rebelo de Sousa, de Luís Marques Mendes, de Manuela Ferreira Leite ou de Pedro Passos Coelho, nunca deixou de assumir as suas responsabilidades perante o país», viabilizando orçamentos e celebrando pactos de regime.