A China ofereceu à Bélgica dois ursos panda, mas a escolha de um jardim zoológico de uma cidade francófona para os acolher não caiu bem aos flamengos que, agora, também querem os animais em Antuérpia.
Há muito que os belgas ansiavam pela vinda dos pandas para o país, mas o presente dado por Pequim acicatou as divergências entre flamengos e francófonos e, agora, aos ursos viraram tema de campanha eleitoral.
As eleições, legislativas e regionais, estão marcadas só para maio do próximo ano, mas fala-se que o conflito dos pandas abriu a campanha eleitoral. Tudo porque o nome do primeiro- ministro está envolvido nesta guerra de vizinhança, já que a questão que divide flamengos e francófonos é a de saber onde ficam instalados os dois novos ursos panda.
Elio Di Rupo escolheu o zoológico de Mons, cidade francófona. Não tardou que os opositores políticos o acusassem de parcialidade, relacionando a escolha com o facto de ter sido naquela cidade que o governante começou a carreira política.
O gabinete do primeiro-ministro rejeitou tais acusações. O zoológico de Pairi Daiza candidatou-se a acolher os pandas; Antuérpia é que não se manifestou.
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Por outro lado, sublinha, o Governo limitou-se a apoior a candidatura de acolhimento, não interferindo nas negociações entre o governo chinês e o jardim zoológico.
Os flamengos não estão convencidos e os pandas, animal associado à paz, são a última bandeira desta guerra norte-sul que faz parte da história belga.