Vida

Guardas acampam em frente à prisão da Carregueira

Prisão da Carregueira Global Imagens/Sara Matos

Segundo o Sindicato Independente do Corpo da Guarda Prisional, em causa está a redução de duas horas ao período de prevenção e o aumento de duas horas ao período de trabalho.

Meia centena de guardas acamparam em frente à prisão da Carregueira, em Belas, em protesto contra as alterações nos turnos impostas, esta sexta-feira, pela direção do estabelecimento prisional.

Em declarações à TSF, o presidente do Sindicato Independente do Corpo da Guarda Prisional explicou que a direção desta prisão do concelho de Sintra reduziu duas horas ao período de prevenção e aumentou duas horas ao período de trabalho.

Ao fazer dois turnos em vez dos três que estavam previstos, Júlio Rebelo lembrou que os guardas são agora obrigados a fazer mais três horas noturnas.

«Isto já é um serviço com caráter de desgaste tanto físico como psicológico bastante acentuado e consideramos que é desumano forçar os guardas a fazer isto», adiantou.

Júlio Rebelo indicou ainda que esta mudança de horário não teve em conta a alimentação dos guardas, uma situação que é agravada pelo facto de a prisão da Carregueira estar a cerca de cinco quilómetros do local de restauração mais próximo.

«O tempo que esta diretora colocou para se fazer o jantar que é uma hora [faz com que seja] impossível fazer esta viagem», explicou o presidente deste sindicato, que disse que os guardas ficaram impedidos de sair para se alimentarem.

Este dirigente sindical garantiu ainda que «alguns» guardas não se sentiram bem e acabaram por ter de ir para as urgências para receberem tratamento hospitalar.

Contactado pela TSF, o hospital Amadora Sintra confirmou que quatro guardas prisionais deram entrada nas urgências com indisposição e náuseas, estando agora a soro, devendo depois ter alta.