O ministro responsável pela Energia vai chamar o acionista maioritário da EDP para pedir informações sobre investimentos, como a instalação de uma fábrica de eólicas em Portugal.
Na quarta-feira, o Jornal de Negócios avançou que a fábrica de turbinas eólicas em causa «não vai sair do papel» e «fica na gaveta» e que os chineses «desistiram de investir na unidade de turbinas eólicas que foi incluída nas propostas com que a CTG ganhou a privatização da EDP».
Hoje, o Expresso divulga que a construção da fábrica «não fazia parte das claúsulas vinculativas que constaram no processo de privatização da EDP». Uma ressalva que já tinha sido feita também pela ministra das Finanças na quarta-feira.
Agora, o ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, decidiu chamar os responsáveis da Three Gorges para pedir um ponto de situação sobre as contrapartidas do negócio da privatização da EDP, uma reunião que deve acontecer ainda em setembro.
O compromisso de instalação da fábrica de turbinas eólicas no país foi anunciado a 30 de novembro de 2011, pelos chineses, através da Goldwind, empresa participada pela China Three Gorges (CTG) que concorria na altura à privatização da EDP [aquisição de 21,35% da EDP], e segundo a qual a unidade contribuiria em 500 milhões de euros para as exportações portuguesas.