O presidente do PSD e primeiro-ministro defendeu na segunda-feira, em Viseu, o rumo seguido pelo Governo e sublinhou que não vai alterar o discurso por causa das eleições autárquicas.
Pedro Passos Coelho fez questão de afirmar que estão enganados aqueles que esperavam dele promessas eleitorais ou esperanças de circunstância com o pretexto da campanha para as eleições autárquicas.
«Tenho procurado que aquilo que digo ao país não seja fruto de circunstâncias muito conjunturais e, em particular, de natureza eleitoral» e considerou que «mal seria que uma campanha não fosse ela própria um motivo de esperança, mas não pode ser um exercício de eleitoralismo».
Durante uma iniciativa de campanha do PSD em Viseu, Pedro Passos Coelho defendeu o rumo seguido pelo Governo e disse que não pode defender uma coisa no Governo enquanto primeiro-ministro, e outra na campanha eleitoral enquanto presidente do partido.
«Ninguém levaria a sério que eu viesse aqui hoje desdizer a necessidade das políticas que temos prosseguido. As pessoas não o perceberiam, porque, das duas umas, ou elas eram dispensáveis, e então não se percebe porque é que estariam a ser executadas, ou elas são necessárias e não vale a pena virmos aqui fazer um exercício de prometer fazer o contrário do que fizemos até hoje», afirmou.
Passos Coelho disse acreditar que «todas as pessoas que percebem a situação a que o país chegou sabem bem destrinçar entre o que são promessas eleitoralistas e o que é o realismo» e que «ninguém leva a sério que os partidos se afirmem com um discurso negativista prometendo aquilo que as pessoas sabem que não é realizável».
Neste discurso, Passos Coelho não fez referências a medidas recentes do Governo que têm causado polémica, como a proposta de cortes nas pensões pagas pela Caixa Geral de Aposentações.