O mercado livre de eletricidade ganhou cerca de 68 mil clientes em agosto, um crescimento de 3,7% em relação ao mês anterior, totalizando 1,93 milhões de clientes, segundo dados divulgados pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.
De acordo com o resumo informativo do mercado liberalizado de eletricidade, divulgado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), «desde janeiro até final de agosto de 2013, entraram cerca de 870 mil clientes».
Desde agosto do ano passado, o número de consumidores no mercado livre «praticamente triplicou, tendo-se registado uma aceleração das migrações para o regime de mercado desde dezembro de 2012», lê-se no resumo informativo.
No que se refere ao consumo anualizado, houve, em agosto, um crescimento de cerca de 1,5% relativamente ao mês anterior, em linha com a taxa de crescimento médio mensal registada desde agosto de 2012.
O consumo no mercado livre registou, em agosto, um crescimento de cerca de 19,3% em relação a igual mês do ano passado. Em agosto, registaram-se 4.769 mudanças de carteira entre comercializadores em mercado livre.
Segundo os dados divulgados pelo regulador, a EDP Comercial continuou a ser o principal operador no mercado livre, quer em número de clientes (com cerca de 84% do total de clientes), quer em consumos (com cerca de 44% dos fornecimentos).
A empresa do grupo EDP registou uma ligeira redução de quota em cerca de 0,1% em número de clientes relativamente a julho, mas um aumento de quota em cerca de 0,1% em consumo.
Já a quota da Iberdrola aumentou 0,3 pontos percentuais, enquanto a Endesa, que em julho aumentou a sua quota de clientes como resultado do leilão da DECO, viu a sua quota reduzir 0,1 pontos percentuais.
A EDP, a Endesa e a Iberdrola, os três principais operadores de mercado, representavam, em conjunto, em agosto, cerca de 86% dos fornecimentos de energia no mercado livre e detinham cerca de 94% dos clientes que operam neste mercado.
O processo de liberalização do mercado retalhista de energia elétrica está em período de transição, com a liberalização plena a ocorrer no final de 2015.