O CDS tinha «objetivos humildes», mas passou de uma para cinco câmaras municipais. Paulo Portas fala num partido que volta a ser relevante nas autarquias.
O presidente centrista declarou que, com a conquista da presidência de cinco câmaras municipais, o CDS-PP voltou a ser «um partido relevante nas autarquias», com quem terão que contar na Associação Nacional de Municípios.
«Conseguimos esta noite voltar a ser um partido relevante nas autarquias locais», afirmou Paulo Portas, numa declaração na sede do CDS-PP, em Lisboa, em que não respondeu a perguntas dos jornalistas.
O CDS-PP manteve a liderança da autarquia de Ponte de Lima, continuando em maioria absoluta, e conquistou, por maioria absoluta, a presidência das câmaras municipais de Albergaria-a-Velha, Vale de Cambra, Velas e Santana.
«Terão que contar connosco na Associação Nacional de Municípios Portugueses», declarou o também vice-primeiro-ministro.
No sede do CDS-PP, no Largo do Caldas em Lisboa, o ambiente era festivo, com algumas dezenas de militantes, sobretudo jovens, a encherem a sala onde Paulo Portas proferiu a sua declaração, agitando bandeiras do CDS-PP.
Antes, a vitória de Rui Moreira, no Porto, tinha sido o primeiro momento em que se ouviram palmas na sala.
Estiveram com o líder centrista dirigentes e governantes como António Pires de Lima, Mota Soares e Adolfo Mesquita Nunes, assim como o secretário-geral, António Carlos Monteiro, e o líder parlamentar, Nuno Magalhães.
Para Paulo Portas, este ato eleitoral além de constituir «o penta do CDS-PP», com a conquista de cinco câmaras, é sobretudo a interrupção de «um declino», a recuperação do que o CDS tinha «perdido», e o alargamento da sua «influência» como «partido nacional».
«Eu podia dizer que passar de uma câmara municipal para 5 era subir 500%, mas tenho a noção que esta foi uma primeira recuperação, mas não deixarei de assinalar que é um dos factos menos esperados por alguns nesta noite eleitoral», declarou.
Paulo Portas expressou também satisfação pela vitória do independente Rui Moreira, no Porto, uma candidatura que o CDS-PP apoiou.
«Sendo correta a crítica sobre a forma como os partidos funcionam, o nosso, no caso do Porto, viu mais longe quem era o melhor candidato para a cidade», afirmou, argumentando que os centristas quiseram «garantir que não havia um regresso as aventuras e que o Porto era parte da solução e não parte do problema».
«Rui Moreira foi, é, e penso que será sempre, um independente. Teve uma grande vitória, o CDS está nessa grande vitória», declarou.