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Imigração ilegal: Bruxelas diz que problema deve ser tratado a nível europeu

Com um apelo aos Estados-membros para avançarem com medidas as nível nacional e regional, a fim de travar travar os fluxos de imigração ilegal, o porta-voz da Comissão para os Assuntos Internos entende o problema também tem de ser tratado ao nível europeu, apesar de reconhecer que não é tarefa fácil.

«Os criminosos por de trás desse tráfico esforçam-se para se assegurarem que não são interceptados ou identificados até essas embarcações estarem perto das praias. Então é muito difícil de detectar, identificar e resgatar essas embarcações», disse Michele Cercone.

Para conter os fluxos de imigração ilegal no Mediterrâneo, Bruxelas desenvolveu um instrumento tecnológico para integrar os sistemas de vigilancia a nivel europeu. A comissão espera que os estados Membros possam avançar com estes sistema o mais depressa possível.

«Este instrumento dará mais possibilidades para identificar e resgatar no mar, especialmente embarcações que não podem ser detectadas com as tecnologias actuais ou pela actual vigilância fragmentada que é realizada nas fronteiras marítimas», sublinhou.

Este sistema deverá interligar todas as unidades de vigilância, independentemente do Estado-membro em que se encontram, fornecendo fotografias operacionais detalhadas, com formatos compatíveis e capazes de ser visonadas em tempo real pelas diferentes polícias de controlo de fronteiras em toda a Europa.

«Isto irá ajudar-nos a identificar essas embarcações e, se possível, evitar tragédias como as que vimos nos últimos dias», afirmou.

Bruxelas defende que a ação também deve desenvolver-se ao nível diplomático.

«A Europa tem de aumentar esforços de diálogo e cooperação com os países de origem e de trânsito dos imigrantes», destacou.

Bruxelas defende que os Estados-membros desenvolvam novos mecanismos legais para o acesso à União Europeia, apelando a uma maior cooperação e diálogo com países terceiros para apertar as condições de entradas de emigrantes no espaço europeu.

João Francisco Guerreiro, correspondente da TSF em Bruxelas