O presidente cessante da Câmara do Funchal, que disputou as eleições internas do PSD/Madeira contra Alberto João Jardim, afirmou-se disponível para um projeto alternativo a uma liderança que não suscita «credibilidade» e defendeu um congresso antecipado.
«Estou disponível para assumir em qualquer em contexto, desde que estejam asseguradas as condições de democracia interna e de legalidade estatutária, um projeto alternativo para o PSD/M», afirmou Miguel Albuquerque, numa conferência de imprensa no Funchal, assegurando que este projeto terá como matriz «a união do partido».
Numa unidade hoteleira junto à sede do partido, Miguel Albuquerque declarou que «a mensagem destas eleições é muito clara» para o PSD/M: «Há um tempo histórico que se esgotou, a atual liderança já não suscita adesão ou credibilidade» e «é imperativo mudar de liderança e de política enquanto é tempo».
«É urgente reconciliar o partido com a nossa sociedade e com todos os militantes e simpatizantes», declarou o responsável, considerando ser igualmente «urgente agir com respeito por todos, fazendo da humildade democrática e não da arrogância o alicerce fundamental das ações cívicas e políticas do partido».
Argumentando que o PSD/M «vive uma situação de emergência» - o partido, que governava as 11 câmaras da região, perdeu sete nas eleições de domingo -, Miguel Albuquerque defendeu que o «tempo corre contra o PSD/M».
«Quanto mais tempo o PSD/M demorar a apresentar um projeto de revitalização interna e de abertura à sociedade e às pessoas, melhor será para a oposição», advertiu Miguel Albuquerque, sustentando o partido «deve devolver a voz aos militantes», pois «só a estes cabe decidir o caminho a prosseguir».