Os sindicatos que representam os trabalhadores do metro de Lisboa anunciam nova greve para daqui a oito dias, no dia 15 de outubro. Hoje, o serviço está totalmente parado, sem serviços mínimos.
À TSF, Paulo Machado, dirigente da FECTRANS - Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações, indicou que há «uma nova paralisação marcada para dia 15 de outubro de 24 horas também, com a adesão de todos os sindicatos, à semelhança do que se passa com a greve de hoje».
Paulo Machado não afasta ainda a possibilidade de virem a agendar novas formas de luta, incluindo novas greves.
A decisão poderá ser tomada num plenário de trabalhadores agendado para esta manhã, pelas 11:00, junto à sede da empresa, em Lisboa.
O Orçamento de Estado que o Governo vier a apresentar, acrescenta a FECTRANS, pode justificar novos protestos.
Esta manhã, o serviço de metro está completamente paralisado, pois não foram decretados serviços mínimos. Cerca de 30 autocarros reforçam esta manhã e durante o dia a oferta em várias linhas da cidade.
Em declarações à TSF, José Maia, diretor de operações da Carris, diz que se trata do contributo da empresa para minorar o transtorno da greve do metro que começou às 00:00. A circulação está suspensa, no entanto, desde as 23:00 devido à mudança de turno.
José Maia adianta ainda quais os percursos que foram reforçados: «trata-se da carreira 736, principalmente de Entrecampos ao Cais do Sodré e vice-versa; mas também as carreiras 726 e 746 entre Pontinha, São Sebastião e Marquês de Pombal; e também o reforço da carreira 744, entre o Oriente e Marquês de Pombal».
A greve dos funcionários no metro de Lisboa serve para protestar contra a falta de pessoal e a degradação das condições de trabalho na empresa.