O ministro dos Negócios Estrangeiros disse, esta tarde, no Parlamento sobre o caso do «pedido de desculpas» a Angola que nunca esteve em causa manifestar-se sobre uma investigação.
No Parlamento, na Comissão dos Negócios Estrangeiros, numa altura em que toda a oposição reclama a demissão de Rui Machete pelas declarações infelizes que produziu em Angola, o ministro explicou que ao pedir desculpas diplomáticas a Angola pelas investigações judiciais que decorrem em Portugal pretendia apenas apaziguar as relações entre Lisboa e Luanda.
O chefe da diplomacia portuguesa admite que não foi feliz nas declarações que fez à Rádio Nacional de Angola, mantém que não falou com qualquer magistrado do Ministério Público e assegura que fez apenas uma interpretação pessoal de factos públicos.
«Sou defensor convicto da separação de poderes, do respeito pelo segredo de justiça», afirmou Rui Machete.
«Não tive nenhum contacto com a senhora Procuradora-geral da República, nem com qualquer outro magistrado do Ministério Público. Não vejo assim qualquer contradição com o que a senhora Procuradora-geral afirmou», disse o chefe da diplomacia portuguesa, indicando ainda que subscreve o comunicado divulgado pelo Ministério Público.