Das 9494 vagas existentes apenas ficaram preenchidas 1724. Os dados permitem confirmar a tendência do Ensino Superior ter, de ano para ano, cada vez menos alunos.
As universidades já parece que procuram alunos por um canudo, tão fraca que foi a resposta dos estudantes nesta terceira fase de acesso ao Ensino Superior.
Os resultados deste concurso estão a partir desta sexta-feira disponíveis no site oficial de acesso ao Ensino superior, mas os dados em bruto parecem confirmar a tendência do Ensino Superior, ter, de ano para ano, cada vez menos alunos.
Quase 90 por cento das vagas para licenciaturas não foi ocupada nesta terceira fase. Para um total de 9494 vagas apenas foram colocados 1724.
O Instituto Politécnico de Lisboa pôs à disposição 75 vagas para o curso de engenharia eletrotécnica mas nesta terceira fase ninguém quis entrar neste curso. O mesmo aconteceu com as 73 vagas para engenharia civil na Universidade do Minho, onde este ano a turma dos caloiros ficou reduzida a cerca de metade.
De resto, os dados ilustram bem a diferença entre instituições do Ensino Superior no interior e no litoral do país.
Noventa e seis por cento das vagas a concurso nesta terceira fase na Universidade da Beira Interior da Covilhã, na Universidade de Évora e no Politécnico de Bragança ficaram por preencher.
Em contraste, na Universidade do Porto, os números não são tão esmagadores: das 184 matrículas potenciais 70 vão ser realizadas. São 62 por cento das vagas são sessenta e dois por cento das vagas que ficam em aberto.
Apesar de ser a terceira fase, ainda estiveram disponíveis algumas, poucas, vagas para os cursos mais procurados. O aluno com nota mais alta nesta terceira fase teve 18,8 valores e conseguiu entrar na única vaga para a licenciatura de medicina dentária na Universidade de Coimbra.
Para quem ficou colocado tem agora cinco dias, a partir desta sexta-feira, para fazer a matrícula na instituição de Ensino Superior.