São três jovens, um engenheiro, outro licenciado em marketing e um que concluiu o ensino secundário, que estão a dar uso a uma propriedade de dois hectares que estava abandonada. O regresso à terra é uma felicidade e se não fosse isso teriam emigrado.
Três jovens de Vila Nova de Paiva, terra sangrada pela desertificação, juntaram-se, constituíram uma exploração agrícola nas terras abandonadas e viram na lavoura a forma de escapar às garras da emigração. Criam cogumelos, recuperam a produção de mel e dão formação a novos e velhos agricultores.
Para já esta exploração criou três postos de trabalho e no futuro, à medida que cogumelos e mel forem sendo produzidos e exportados para o Norte da Europa poderá vir a empregar mais pessoas contrariando assim o destino da emigração que tem deixado o interior abandonado e à mercê da desertificação.
A terra já deu centeio e trigo, mas a emigração levou as pessoas e os lameiros foram ficando abandonados. Mas perante o desemprego estes jovens resolveram pegar nas enxadas, roçar o mato e voltar a lavrar as terras da família que há muito estavam esquecidas.
Hugo Trindade diz que o mercado procura este tipo de cogumelo, que cresce agarrado a troncos de madeira e abrigado numa estufa.
Mas nem só de cogumelos vive esta exploração agrícola que tenciona formar novos e velhos produtores de mel, produto com grande procura.
Os cogumelos e o mel são o princípio deste regresso à lavoura que já trouxe uma certeza a Cristophe Pedrinho que não precisou de emigrar para ter trabalho e ser feliz.