A SEDES diz que estamos perante violações do Estado de Direito e que é insustentável o clima de incerteza que rodeia o país.
Esta tomada de posição da SEDES - Associação para o Desenvolvimento Económico e Social surge num documento onde se lê que a situação social e económica é dramática.
Neste documento, a SEDES diz mesmo que os problemas agravaram-se com o «caminho seguido nos últimos anos». O tema desta tomada de posição é a incerteza, uma palavra que para a associação resume bem o estado do país.
À TSF, o presidente da Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, Luís Campos e Cunha, sublinha que esta incerteza está a minar o futuro das pessoas e das empresas.
O antigo ministro das finanças recorda as sucessivas ameaças de novas medidas que lançam o medo sobre os portugueses. Um exemplo: a associação sublinha que não vale a pena ao governo lançar a suspeita sobre se vamos ter ou não pensões no futuro, até porque não há nenhum estudo sobre o assunto.
Para além das pensões, a SEDES diz que ninguém sabe também qual vai ser a evolução da carga fiscal ou coisas tão simples como a data de pagamento dos subsídios de férias.
A SEDES recorda as medidas chumbadas pelo Tribunal Constitucional e acrescenta que o "sistema de pensões é um contrato entre o Estado e o Cidadão". Luís Campos e Cunha acusa o governo de violar o Estado de Direito.
A tomada de posição da SEDES defende que «mais do que a austeridade, tem sido a incerteza e a violação do Estado de Direito a afundar a economia» e a gerar «um nível de desemprego politicamente inaceitável e socialmente perigoso».