O comunista António Filipe e a bloquista Mariana Mortágua entende que o "guião para a reforma do Estado" propõe a destruição do Estado Social em Portugal.
O PCP vê no "guião para a reforma do Estado" apresentado esta quarta-feira por Paulo Portas uma forma de «desmantelar do Estado Social e das funções sociais do Estado».
Reagindo à apresentação feita pelo vice-primeiro-ministro, o comunista António Filipe entende que «se trata de uma cartilha que a Direita portuguesa tem vindo a repetir desde há muitos anos».
O documento, que António Filipe entende ser uma «afronta ao Estado democrático constitucional em que vivemos», é também uma forma de desviar atenções do Orçamento de Estado para 2014.
Opinião idêntica tem a bloquista Mariana Mortágua, que diz que se ficou a perceber porque este guião demorou dez meses a ser elaborado, algo que se deve ao «incómodo» das propostas apresentadas.
A deputada do Bloco de Esquerda não teve dúvidas em falar no habitual «tom e forma dissimulada» de Paulo Portas e classificou o documento como o «maior programa de destruição do Estado Social que este país já viu».
«Não estamos a falar já mais de privatizações só de empresas e economia. Estamos a falar de entrega direta a privados de escolas e hospitais e, acima de tudo, da entrega à banca das reformas dos portugueses», concluiu.