Na apresentação do OE2014, Maria Luís Albuquerque disse que «tudo indica estarmos perante um verdadeiro momento de viragem» e que, por isso, não faz sentido «recuar agora».
A ministra das Finanças considerou que o esforço que é pedido aos portugueses é adequado, muito embora admita que pensionistas e funcionários públicos são chamados a sacrifícios de peso.
«Não é um esforço insuficiente nem é um esforço excessivo. É o esforço necessário», explicou Maria Luís Albuquerque, na apresentação do Orçamento de Estado para 2014.
A titular da pasta das Finanças sublinhou que «tudo indica que estaremos, de facto perante um verdadeiro momento de viragem».
«Recuar agora, quando os resultados são tão evidentes, seria colocar em causa os sacrifícios dos últimos anos e seria abandonar a esperança de um futuro melhor», adiantou Maria Luís Albuquerque que reconheceu que são pedidos «sacrifícios adicionais aos funcionários públicos e aos pensionistas».
«O Governo tem presente que é uma proposta dura e difícil. Por isso mesmo, assegurou que as medidas a executar são equitativas, abrangentes e são as estritamente necessárias», sublinhou.
Maria Luís Albuquerque lembrou ainda que é impossível colocar as contas públicas em ordem sem tocar numa fatia que vale 70 por cento dos gastos do Estado, ou seja, salários e prestações sociais.
«Para diminuirmos a despesa pública para um nível que o Estado pode sustentar e para que o nível que os portugueses podem suportar em termos de carga fiscal a redução terá de se estender às áreas de prestações sociais e despesas com pessoal», frisou.
A ministra aproveitou ainda para lembrar que pouco mais há a fazer no que toca a cortar nas chamadas "gorduras do Estado", dado que o investimento públicos e os consumos intermédios valem apenas 13 por cento do total da despesa pública em 2013.
«Reduções adicionais e substanciais nestas despesas podem pôr em causa o funcionamento dos serviços essenciais às populações ou o próprio nível de serviço público», concluiu.