Orçamento

Rui Barreto justifica voto contra com medidas demasiado penalizadoras

Global Imagens/Gustavo Bom

O deputado do CDS-PP Rui Barreto justificou hoje o voto contra ao Orçamento do Estado para 2014, afirmando que tem medidas demasiado penalizadoras dos rendimentos e pensões.

«Considerámos que este Orçamento não explorava os sinais positivos da economia», afirmou, considerando «demasiado penalizadores» os cortes do lado dos salários e das pensões para atingir a consolidação orçamental.

Rui Barreto frisou que o voto contra foi decidido na sequência de uma deliberação do conselho regional do CDS-PP/Madeira.

«Nós entendemos que havendo sinais ainda que ligeiros de recuperação, estes cortes eram demasiado penalizadores», disse.

Quanto a possíveis consequências disciplinares do voto, Rui Barreto, que foi suspenso do partido por cinco meses devido ao voto contra o Orçamento do Estado para 2013, afirmou que isso é «uma questão interna que deve ser debatida dentro do CDS-PP».

«Não é fácil fazer um voto desta natureza. Foi um voto pensado, maduro, refletido, tem consequências e mazelas. Bem sei que estou suspenso por cinco meses. É uma questão interna que deve ser debatida dentro do CDS-PP», disse.

Questionado sobre o sentido de voto do deputado eleito pela Madeira, o líder parlamentar da bancada, Nuno Magalhães, afirmou que não partilha da opinião de Rui Barreto sobre o documento, que é «difícil mas necessário».

Sobre eventuais questões disciplinares, Nuno Magalhães afirmou que «isso é uma questão que transcende o grupo parlamentar» e é «uma matéria que tem a ver com o partido e com o CDS/Madeira».

Questionado sobre se mantém a confiança política em Rui Barreto, Nuno Magalhães referiu que se trata de «um deputado leal com exceção do Orçamento do Estado».