Esta é uma das conclusões do último relatório da OCDE, apresentado esta terça-feira, que tenta avaliar como está a qualidade de vida no mundo recorrendo a mais de 20 indicadores.
Os portugueses voltam a surgir abaixo da média em quase todas as áreas que, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), afetam o bem-estar.
Numa escala de 0 a 10, os portugueses dão, em média, nota 5 à satisfação com a vida que levam. Mas há algumas diferenças: quem estudou na universidade anda, por norma, bastante mais feliz do que quem se ficou pelo ensino básico.
Nos 36 países desenvolvidos, só os húngaros andam menos satisfeitos com a vida do que os portugueses.
O estudo da OCDE, agora apresentado, sublinha que a crise económica afetou a satisfação com a vida em vários países.
Na Grécia, por exemplo, as pessoas dizem ser cada vez menos felizes. Curiosamente, em Portugal esses valores não se alteraram nos últimos anos, apesar de estarmos entre os países onde as famílias têm perdido mais rendimentos.
Com ou sem crise, sempre estivemos no grupo de países menos satisfeitos com a vida.
A OCDE sublinha, contudo, que este indicador da satisfação subjetiva com a vida é limitado na tentativa de avaliar a real felicidade dos povos.
Por isso, os especialistas desta organização internacional apresentam neste estudo mais de 20 indicadores, em diferentes áreas, para avaliar a qualidade de vida em cada país.
Na maioria, Portugal surge abaixo da média. Essas classificações no fundo da tabela são especialmente visíveis no desemprego de longa duração e na falta de redes sociais de apoio.