Cristiano Ronaldo, marcador dos três golos da vitória de Portugal na Suécia (3-2), rejeitou «quaisquer obsessões» pessoais pelo título de melhor do Mundo e considerou «justa» a qualificação de Portugal para o Mundial2014.
«Não tenho que dar respostas a ninguém. Quando o faço, é dentro de campo», disse o avançado luso, confrontado no espaço de entrevistas rápidas da RTP, no final da partida, com as recentes e polémicas declarações do presidente da FIFA, Joseph Blatter.
O jogador do Real Madrid, que marcou os quatro golos do "play-off" (1-0 em Lisboa, na primeira mão), afirmou, questionado sobre a disputa, com o argentino Lionel Messi, do título de melhor do Mundo: «Simplesmente, fiz o meu trabalho, como o fiz sempre nos últimos tempos».
«Todas as épocas marco 40 ou 50 golos e isso não está ao alcance de qualquer um. Mas não vivo obcecado com isso, mas reflete o jogador que sou», defendeu.
Apesar de ter ultrapassado o antigo internacional Pedro Pauleta como melhor goleador da Seleção, Cristiano Ronaldo disse que o seu foco esteve sempre na qualificação: «Os recordes são para ser batidos, mas isso não era uma prioridade. Antes, algo que iria acontecer naturalmente».
«Apurámos uma vez mais Portugal e a equipa está de parabéns. É assim que as grandes seleções vão longe», disse o avançado, para quem o importante foi «mostrar que estava presente» quando a Seleção dele precisou.
Quanto ao jogo, admitiu que Portugal «deixou a Suécia crescer depois do empate, recuando e sofrendo um segundo golo».
Mas a reação portuguesa «mostrou a razão de o futebol ser uma modalidade brilhante», que também fez do combinado dirigido por Paulo Bento «justos vencedores e de parabéns por estar no Mundial».