António Guterres diz que Portugal não vai conseguir sair sozinho da crise. Segundo o antigo PM, faz falta uma união de esforços na Europa para que se consigam ver resultados concretos.
Uma Medalha de Ouro pelo que é, pelo que foi e pelo que pode vir a ser. Ninguém falou no Palácio de Belém, nem na hipótese de Guterres vir a ser candidato a Presidente da República, mas foi uma homenagem que multiplicou elogios ao homem, ao servidor, ao engenheiro de média 19 no Técnico, ao humanismo e altruísmo do atual Alto Comissário da ONU para os Refugiados.
Foram projetados depoimentos de elogio da parte de Jorge Sampaio, de Vitor Milícias, de António Rendas e muitos outros. Palavras que emocionaram António Guterres, que não sabe se merece esta medalha por não se considerar um engenheiro no sentido clássico do termo.
O engenheiro social escuda-se no cargo internacional para não falar do País, nem responde se, aos poucos, este é um regresso a Portugal, mas sempre reconhece que está preocupado.
«Vivemos um momento muito difícil. Há muitos portugueses que, neste momento, passam um momento de grande dificuldade, e isso preocupa-me muito», sublinhou.
Preocupado, mas com uma ideia muito clara sobre a saída da crise, que passa, necessariamente, pela Europa.
«É importante que, nomeadamente no plano europeu, seja possível fazer aquilo que não aconteceu no passado recente: reunir vontades para relançar a economia e o desenvolvimento, a fim de beneficiarmos também disso», defendeu.