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Aviões/Low Cost: Ryanair começa hoje a voar de e para Lisboa

A Ryanair começa hoje a voar de e para Lisboa. São cinco ligações que em 2014 devem transportar 400 mil pessoas. A empresa diz que se as taxas fossem mais baixas o número podia ser maior.

Depois do Porto e de Faro, a Ryanair começa hoje a voar de e para Lisboa. Por agora são cinco rotas que representarão à volta de 400 mil passageiros no próximo ano, mas a gigante dos voos low cost garante que podia transportar 4 milhões de passageiros, por ano, em Lisboa, para perto de 25 cidades, se as taxas do aeroporto fossem mais baixas.

A empresa está contente por finalmente chegar a uma das poucas capitais europeias para onde não voava. As reservas têm corrido bem, mas a Ryanair salienta que os custos são elevados e por isso é cedo para dizer se vai ser possível alargar a oferta.

A Ryanair garante que quer voar para mais cidades a partir de Lisboa. O responsável da empresa para Portugal, Luis Fernández-Mellado, explica que o problema são as taxas aeroportuárias, demasiado caras quando comparadas com outras capitais europeias.

«O custo não é fantástico. Podia ser muito melhor. É por isso que só vamos ter 5 rotas. Se tivessemos uma base com custos mais baratos podiamos ter muito mais voos.. Por exemplo 25 rotas. Foi isso que fizemos no Porto, Faro e noutras cidades europeias», adianta.

Por agora Lisboa vai ter 5 rotas desta companhia low cost. Voos para Frankfurt, Bruxelas, Londres, Paris e Dublin.

A Ryanair espera que os primeiros tempos mostrem as vantagens de ter mais uma companhia low cost, baixando os custos no aeroporto de Lisboa. Caso contrário, a concorrência é muita, e a empresa prefere expandir as operações noutra cidade europeia.

O alargamento da operação a Lisboa não causa especial receio ao presidente da Câmara do Porto. Rui Moreira acredita que a capacidade de atração turística conquistada pela cidade nos últimos anos vai manter a elevada procura, não havendo uma transferência significativa de passageiros para Lisboa.

O autarca tem é outra preocupação, a de na privatização da ANA não ter sido prevenida a obrigação de manter no Porto um Hub, uma plataforma giratória de voos das companhias aéreas. Essa sim pode ser uma ameaça, diz Rui Moreira.