Terminou de forma pacífica e ordeira a ocupação dos ministérios das Finanças, Saúde e Ambiente. O último ministério a ser desocupado foi o da Economia.
A ação de protesto incluída na jornada de luta e indignação da CGTP começou por volta das 15h00, depois de o Parlamento ter aprovado com os votos do PSD e CDS o Orçamento do Estado para 2014.
Esta tarde, a CGTP voltou a repudiar o que considera ser um «roubo» aos trabalhadores.
No Ministério das Finanças, a delegação da CGTP foi recebida pelo secretário de Estado da Administração Pública.
Pouco tempo depois, o dirigente da intersindical Libério Domingues deu o protesto por concluído, mas avisou que a luta vai continuar.
«Entrámos pacífica e ordeiramente e vamos sair de igual modo, mas regressaremos as vezes que considerarmos necessárias para que esta mensagem fique clara e para que os trabalhadores sejam respeitados», sublinhou.
De igual modo, Ana Avoila, dirigente da Frente Comum, garantiu que a luta vai continuar, avisando que o Governo não terá sossego.
O primeiro protesto a terminar foi o do Ministério do Ambiente. Os 50 trabalhadores que ocuparam as instalações abandonaram o local às 16h00.
O sindicalista António Garcia explicou à TSF que a delegação era constituída por trabalhadores de empresas do setor da água e dos resíduos.
Segundo adiantou este responsável, a delegação conseguiu marcar uma reunião com o ministro.
No Ministério da Saúde, perto de cem manifestantes exigiram ser recebidos pelo ministro, mas não conseguiram mais do que um encontro breve com a secretaria-geral.
Célia Portela, da União de Sndicatos de Lisboa, disse que o objetivo foi parcialmente cumprido.
O último ministério a ser desocupado foi a do Economia, tendo o protesto terminado depois de uma conversa entre manifestantes da Fectrans e um assessor deste ministério.
Depois da saída da sala de espera do Ministério da Economia, Vítor Pereira, dirigente da Fectrans, anunciou que o ministro Pires de Lima e o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, iriam receber os sindicalistas a 5 de dezembro.
«Quem luta não sempre vence, mas quem não luta perde sempre. mas uma vez vencemos, conseguimos os nossos objetivos e a luta continua», concluiu Vítor Pereira, perante gritos a apelar à demissão do Executivo.