O Governo dos EUA afirmou que as manifestações em curso na Ucrânia não representam um golpe de Estado e considerou «inaceitável» a repressão dos manifestantes pela polícia.
O porta-voz do Presidente Barack Obama, Jay Carney, afirmou: «Claro que não consideramos as manifestações pacíficas como golpes de Estado».
Antes, o primeiro-ministro da Ucrânia, Mykola Azarov, disse que estava em curso «um golpe de Estado».
Carney classificou como «inaceitável» a violência contra os manifestantes, em particular na repressão das manifestações no sábado, mas acrescentou que desde então a polícia está mais contida.
A preocupação é agora com a comunicação social, uma vez que, disse, «há uma série de relatos de ataques das forças de segurança dirigidos aos jornalistas e outros membros da comunicação social».
Dezenas de milhares de pessoas têm estado a protestar na capital ucraniana, Kiev, onde já ocuparam a Câmara e têm bloqueado a entrada na sede do Governo, depois de o executivo ter recusado assinar um acordo de associação com a União Europeia.
Esta ex-república soviética deveria assinar um acordo com a União Europeia, que a aproximaria mais deste bloco ocidental, durante uma cimeira em outubro, mas o Presidente Viktor Yanukovych recuou no último minuto, o que foi atribuído a pressões de Moscovo.