Economia

Fundo de regaste europeu considera que programa irlandês foi um «grande êxito»

O programa de assistência financeira do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) à Irlanda termina oficialmente hoje e o seu líder, Klaus Regking, destacou o seu sucesso para o país e restante Zona Euro.

O programa irlandês «é um grande êxito» para o país e para o conjunto da Zona Euro, afirmou o responsável do fundo temporário de resgate europeu, que desembolsou um total de 17,7 mil milhões de euros à Irlanda, uma parte do total da ajuda recebida pelo país.

O fim do programa formal de resgate à Irlanda, avaliado num total de 67,5 mil milhões de euros, está agendado para a semana, envolvendo ainda as contribuições do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira, da União Europeia, (22,5 mil milhões de euros), do Fundo Monetário Internacional (22,5 mil milhões de euros) e dos empréstimos bilaterais concedidos pelo Reino Unido, Suécia e Dinamarca (4,8 mil milhões de euros).

O presidente do FEEF, cuja sede fica no Luxemburgo, assinalou que o mesmo revela a determinação do Governo de Dublin no que toca à implementação do programa de ajuste macroeconómico e a resposta da população a um plano que lhe exigiu temporariamente grandes sacrifícios.

O primeiro desembolso do FEEF para a Irlanda foi feito em fevereiro de 2011 e o último no passado dia 4 de dezembro.

O fim do plano de entregas de verbas à Irlanda não significa o fim do FEEF, já que ainda estão por terminar os programas da Grécia e de Portugal, bem como garantir que Dublin consegue fazer face às suas dívidas.

Por isso, o fundo «continuará a trabalhar próximo da Irlanda e outras instituições», frisou Regkink, para quem a opção do Governo irlandês de prescindir de um programa cautelar após o término do resgate oficial é «uma inspiração para os restantes países da Zona Euro».

«O impacto de combinar a consolidação orçamental, as reformas estruturais e o saneamento do setor financeiro levou este país de novo à senda do crescimento sustentável, com a diminuição do desemprego e uma melhor confiança empresarial», concluiu o presidente do FEEF.