No Parlamento, o diretor dos Serviços Prisionais e da Reinserção se não forem contados os presos por dias livres a sobrelotação das prisões portuguesas é de 12,1 por cento.
O diretor dos Serviços Prisionais e da Reinserção explicou, esta terça-feira, que há mais 16,5 reclusos a mais por cada cem nas prisões portuguesas, isto se forem tidos em conta os presos por dias livres.
No Parlamento, Rui Sá Gomes lembrou, no entanto, que se não forem contados os presos por dias livres a sobrelotação das prisões portuguesas baixa para 12,1 por cento.
Este responsável indicou ainda que há 14324 reclusos nas prisões portuguesas, tendo-se registado um aumento de 669 presos entre 1 de janeiro e 1 de dezembro de 2013.
Rui Sá Gomes admitiu ainda a existência de situações de violência nas prisões portuguesas em locais de maior tensão e lembrou que nenhum sistema prisional do mundo está isento de situações de violência.
«As prisões são situações de tensão entre as pessoas que ali estão e não está a dizer que não há, tanto que temos processos abertos que têm sido investigados e têm sido punidos guardas. Também acontece reclusos baterem em guardas. Tudo é investigado e nada é abafado», concluiu.
O diretor dos Serviços Prisionais e Reinserção respondia assim ao recente relatório do Comité de Prevenção da Tortura do Conselho da Europa, que teceu várias críticas em relação ao sistema prisional português.
A presença de Rui Sá Gomes na Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais foi pedida pelo PS após uma fuga no Estabelecimento Prisional de Castelo Branco há algumas semanas e que acabou com três guardas prisionais feridos.