Política

Oposição contra relatório preliminar em primeira mão na comunicação social

PS, Bloco de Esquerda e PCP criticaram o facto de o relatório preliminar da Comissão de Inquérito aos contratos swap ter sido comunicado primeiro à comunicação social.

A oposição não gostou de saber as conclusões do relatório preliminar da Comissão de Inquérito aos contratos swap pela comunicação social, documento que dizem ter sido entregue fora de prazo.

A socialista Ana Catarina Mendes considerou que a atuação da relatora do documento, a social-democrata Clara Marques Mendes, teve um comportamento «inadmissível» e «censurável» ao não apresentar o relatório primeiro aos deputados.

Esta deputada do PS disse apenas ter recebido as conclusões deste relatório preliminar às 12:52 desta terça-feira e contestou o facto de Clara Marques Mendes ter considerado «prioritário chamar a comunicação social e dar-lhe em primeira mão as conclusões desta comissão».

Ana Catarina Mendes lembrou ainda que «como agravante, as conclusões que são apresentadas são as apresentadas» por Clara Marques Mendes e que apenas responsabilizam esta parlamentar do PSD.

«Estas conclusões são tendenciosas porquanto branqueiam a responsabilidade de Maria Luís Albuquerque na gestão deste dossier. Dificilmente seriam tão elogiosas para a ministra das Finanças se tivessem sido escritas pela mesma», frisou.

Ana Catarina Mendes assegurou ainda que o «PS apresentará o seu próprio balanço e conclusões no tempo que está estipulado nesta comissão de inquérito para o fazer».

A bloquista Mariana Mortágua falou em desrespeito pela Comissão e falta de tempo para ler as conclusões, ao passo que o comunista Paulo Sá disse entender as posições quer do PS quer do Bloco de Esquerda.

A maioria tem opinião diferente, ao defender que Clara Marques Mendes procedeu bem, tendo o social-democrata Adão e Silva recordado que esta é apenas uma proposta preliminar e não um relatório final.

Por seu lado, Hélder Amaral, do CDS, explicou que estas são as conclusões da relatora e não da comissão que tem de apresentar conclusões definitivas até 7 de janeiro.