As operações no mar para encontrar os cinco jovens desaparecidos no domingo no Meco foram retomadas hoje de manhã, depois de uma noite de buscas por terra sem êxito.
«Durante a noite, foram mantidas as buscas com viaturas do tipo moto4 ao longo da costa. Não foi encontrada nenhuma das pessoas desaparecidas, aos primeiros alvores retomámos as buscas marítimas com a lancha Águia, da Marinha, e as embarcações da autoridade marítima foram usadas nos dias anteriores», avançou à Lusa o capitão do porto de Setúbal, Lopes da Costa.
Os cinco jovens desaparecidos - quatro raparigas e um rapaz - integravam um grupo de sete alunos da Universidade Lusófona que tinha alugado casa em Alfarim para passar um fim de semana naquela zona do concelho de Sesimbra e que foram arrastados por uma onda, na praia do Meco.
Um dos jovens arrastados conseguiu sair da água por meios próprios e alertar as autoridades para a tragédia que ocorreu cerca da 1:00 da madrugada de domingo e que provocou um morto, encontrado na manhã de domingo, e cinco desaparecidos.
Lopes da Costa adiantou que os pontos de pesquisa vão manter-se na área a sul da praia do Meco até à praia dos Lagosteiros, no Cabo Espichel, «incidindo mais na zona junto à costa, que é de maior probabilidade» de que se encontre algo.
«Todas as possibilidades estão em aberto. A nossa estima é que a deriva seja para sul e em direção de costa», disse Lopes da Costa, quando questionado sobre o facto dos corpos dos desaparecidos poderem estar presos no fundo do mar.
De acordo com a autoridade marítima, há um total de cerca de 50 efetivos, da Polícia Marítima e dos Bombeiros de Sesimbra, envolvidos nas operações de busca dos cinco desaparecidos, além da tripulação da fragata Bartolomeu Dias e da lancha de fiscalização Cisne. As buscas por mar são ainda apoiadas por duas embarcações semi-rigidas.
Junto à praia do Meco estão também instaladas duas tendas da Proteção Civil onde está a ser assegurado apoio psicológico aos familiares e amigos dos jovens.