A polícia turca usou canhões de água e balas de plástico para dispersar centenas de pessoas que tentavam concentrar-se em Istambul para exigir a demissão do primeiro-ministro turco, que enfrenta um escândalo de corrupção sem precedentes.
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Os manifestantes antigovernamentais queriam concentrar-se na praça Taksim, no centro de Istambul, para exigir a demissão de Recep Tayyip Erdogan, segundo o testemunho de jornalistas da agência francesa AFP.
A polícia usou canhões de água e balas de plástico para dispersar os manifestantes pelas ruas que ficam nas imediações da praça Taksim, o centro da contestação antigovernamental que abalou em junho passado o executivo islamita conservador de Erdogan, há 11 anos no poder.
Uma investigação alargada de casos de corrupção envolvendo a acusação e detenção de empresários com ligações ao governo turco levou nos últimos dias à demissão de três ministros e a uma ampla remodelação governamental.
Hoje, e num sinal de divergências dentro do partido no poder, três deputados do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), um deles um ex-ministro, anunciaram a sua demissão das funções parlamentares.
O AKP está a ser dirigido com «arrogância», disse um dos deputados, o ex-ministro da Cultura Ertugrul Gunay, numa conferência de imprensa em que anunciou que abandona o partido.
Outro deputado, Erdal Kalkan, anunciou a sua demissão via Twitter. «Isto não acaba aqui. O nosso povo é honrado e vê o que se passa», escreveu.
O terceiro deputado que apresentou a demissão, Haluk Ozdalga, também anunciou a saída do partido.