Joana Marques Vidal aconselha prudência e revela que tem reservas quanto ao uso de alguns meios de prova na violação do segredo de justiça.
Em causa, a recomendação para mudanças na lei que permitam fazer escutas telefónicas a jornalistas, buscas a casa e as redações.
A Procuradora Geral da República admite que a questão é polémica e aconselha prudência quando se fala dos meios para fazer prova nos casos de violação do segredo de justiça.
Joana Marques Vidal diz que tem reservas quanto à proposta feita na auditoria sobre as fugas de informação nos processos em segredo de justiça.
A recomendação passa por mudar a atual lei de maneira a pemitir escutas telefónicas aos jornalistas, buscas as casas deles e as redações, uma mudança necessária tendo em conta que a atual moldura penal para crime de violação de segredo de justiça é inferior a cinco anos e por isso não permite buscas nem com mandato judicial.
Alfredo Maia, o presidente do Sindicato dos Jornalistas, denunciou o facto dos jornalistas estarem a ser considerados os responsáveis pela fuga do segredo de justiça.