Os trabalhadores e reformados do setor ferroviário decidiram hoje realizar a 4 de fevereiro uma jornada nacional de luta, com greves, manifestações e concentrações, contra a perda de direitos e regalias.
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário afirma que a decisão foi tomada hoje, numa reunião de trabalhadores e reformados, e consta na resolução aprovada.
De acordo com a resolução, os trabalhadores decidiram «marcar o dia 4 de fevereiro como um dia de protesto em todo o setor, na forma de greves, manifestações e concentrações», para apelar à «reposição integral do Acordo de Empresa e dos cortes salariais», à «reposição do direito ao transporte» e para contestar as privatizações.
Na resolução, os trabalhadores afirmam que «vão ser confrontados, novamente, a partir do mês de janeiro, com novos e brutais cortes nas suas remunerações - entre os 2,5% e os 12% para os trabalhadores no ativo - que, conjugados com a redução das deduções em sede de IRS e com a sobretaxa de 3,5%, significam uma diminuição do rendimento disponível e uma nova diminuição do poder de compra».
Os trabalhadores ferroviários dizem ainda que as medidas do Orçamento do Estado «que impõem uma redução do número de trabalhadores e dos custos operacionais» terão «impacto na qualidade, quantidade e segurança do transporte ferroviário», pondo em causa a sua componente social.