A agência de notação financeira Standard & Poor's retirou a ameaça de corte de 'rating' no curto prazo que tinha colocado sobre os maiores bancos portugueses, mas diz que em 2014 ainda terão prejuízos.
A agência de 'rating' explica que esta decisão se deve à mesma decisão que tomou para o 'rating' português no dia 17 de janeiro.
Na altura, a Standard & Poor's justificou a decisão de retirar o 'rating' de Portugal de revisão para 'downgrade' com a expectativa de que Portugal vai conseguir atingir a meta do défice orçamental de 5,5% do PIB em 2013.
Hoje, a decisão foi também de manter os 'ratings' do BCP, BPI, BES, Caixa Geral de Depósitos e Santander Totta, mas com perspetiva negativa, e retirar a ameaça de corte que havia colocado sobre estas entidades a 20 de setembro do ano passado.
Ainda assim, a perspetiva sobre as notas destes bancos continuará negativa, o que indica que existe uma probabilidade maior de cortar o 'rating' do que o manter ou subir, mas num prazo mais alargado de tempo.
No caso do Santander Totta a mudança na perspetiva limita-se à decisão sobre o 'rating' de Portugal, enquanto nos restantes bancos a agência de notação diz que se deve também à sua análise que aponta para que o ambiente operacional não se deteriorou nos últimos meses.
Ainda assim, a agência diz que os riscos económicos para os bancos em Portugal «continuam altos», devido à forte e prolongada recessão da economia portuguesa e a expectativa do crescimento económico no médio prazo não ser mais que modesta.