Elísio Estanque diz na TSF que as «lógicas de grupo fechado» e os «códigos implícitos» nas praxes «fazem lembrar as sociedades secretas».
Ouvido no Fórum TSF,o autor de um estudo sobre «Cultura académica e movimento estudantil em Coimbra» diz que nas praxes «não há verdadeira escolha», porque «ninguém deseja ser ostracizado». «Os jovens desejam integrar-se e aceitam seguir as dinâmicas de grupo», mas para este sociólogo esses grupos revelam «valores de submissão, de autoritarismo».
Para Elísio Estanque, ideias como «virilidade, masculinidade, abuso e submissão», associadas às praxes, preocupam a sociedade, compreensivelmente, porque «há situações que vão para lá do tolerável» e já não têm a ver com a «irreverência saudável» da juventude.
Estanque acrescentou ainda que «não se ultrapassa, proibindo» e que a história mostra que «sempre houve controvérsia» em Coimbra, com várias interrupções por excessos, abusos e violência.