Saúde

Autarca de Chaves acusa ARS do Norte de discriminação

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O presidente da câmara de Chaves vai pedir esclarecimentos ao ministro da Saúde sobre o caso do jovem que só conseguiu vaga num hospital de Lisboa. A ARS do Norte recusa acusações. O bastonário da Ordem dos Médicos diz que o caso é lamentável.

Em causa, está o caso de Hugo Sarmento, vítima de um acidente de automóvel no sábado em Chave, que acabou por ser assistido em Lisboa.

O jovem de 20 anos sofreu um neurotrauma, um problema para o qual o hospital de Chaves, onde chegou inconsciente e em estado grave, não tem capacidade de resposta. Nenhum dos hospitais do Norte e Centro de país lhe prestaram socorro alegando que não tinham vaga para o receber. O jovem acabaria por ser atendido apenas no hospital de Santa Maria, em Lisboa.

O caso deixou o presidente da câmara de Chaves indignado. António Cabeleira disse esta manhã à TSF que vai escrever hoje mesmo ao ministro da Saúde, à Administração Regional de Saúde e ao presidente do Centro Hospitalar do Porto.

O autarca diz que houve discriminação neste caso e que se o jovem fosse do Porto teria sido atendido.

A TSF contactou a ARS do Norte que garante que não houve qualquer tipo de discriminação. O tratamento prestado é o mesmo, seja qual for a origem do doente.

O gabinete de comunicação da ARS do Norte diz ainda que fica à espera da carta do presidente da câmara de Chaves, para prestar todos os esclarecimentos ao autarca.

Também contactado pela TSF, o bastonário da Ordem dos Médicos diz que não sabe se houve discriminação mas considera o caso inaceitável.

José Manuel Silva adianta que a Ordem vai pedir à Inspeção Geral das Atividades em Saúde que investigue a resposta dada pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) ao jovem de Chaves que só foi atendido em Lisboa.