O primeiro-ministro de Itália, Enrico Letta, anunciou hoje a demissão, pouco depois de a direção do seu Partido Democrata ter aprovado a formação de um novo governo.
«Na sequência das decisões tomadas hoje pela direção nacional do Partido Democrata (PD, centro-esquerda), informei o presidente da minha vontade de me deslocar amanhã (sexta-feira) ao Quirinal (sede da presidência) para apresentar a minha demissão», disse Enrico Letta num comunicado.
A direção do PD, o principal partido da coligação no poder, apoiou hoje por ampla maioria a proposta do líder do partido, Matteo Renzi, de «uma nova fase com um novo governo».
Renzi, eleito para a liderança do partido em dezembro, defendeu a formação «necessária e urgente» de "um novo governo", moção que, depois de várias horas de debates, foi aprovada com 136 votos a favor, 16 contra e duas abstenções.
Enrico Letta foi escolhido em abril de 2013 pelo presidente, Giorgio Napolitano, para formar um governo de coligação com o centro-direita que pusesse fim ao impasse criado pela enorme fragmentação dos votos nas eleições legislativas de fevereiro.
Matteo Renzi, presidente da câmara de Florença, foi eleito líder do PD a 08 de dezembro, com uma expressiva vitória de 68%, depois de uma campanha marcada por críticas a Letta.