O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, considerou hoje que todas as expectativas económicas para 2013 foram superadas, mas adianta que os números hoje divulgados pelo INE não devem causar «euforia nem depressão». O líder do PS diz que não há motivo para «festa».
«Nós superámos todas as expectativas que foram formuladas, e isso não deve provocar nenhuma depressão psicológica, mas também não tem de alimentar nenhuma euforia», declarou Pedro Passos Coelho, no início do debate quinzenal na Assembleia da República, invocando os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) hoje divulgados sobre a evolução da economia em 2013.
O chefe do executivo PSD/CDS-PP acrescentou que os resultados obtidos deveriam «convidar» os agentes políticos a «convergir mais», aproximando «os que suportam este Governo e o apoiam» e «aqueles a quem compete a oposição ao Governo», com o objetivo de «impulsionar a expectativa de recuperação sustentada para futuro».
Por sua vez, o líder do PS António José Seguro disse que não encontra razões para «tanta festa» nem para a as referências da maioria a um «milagre económico»
«Não compreendemos qualquer razão para festejos. Não há qualquer milagre económico. Estão a criar uma fábula para efeitos eleitorais», acusou Seguro.
Por várias vezes, António José Seguro pegou na expressão do ministro da Economia, Pires de Lima, sobre «milagre económico» em Portugal, para acusar o executivo PSD/CDS de «estar apenas a pensar em eleições».
«Escusa de repetir essa expressão, que não é minha. É ridículo. Chega de demagogia», protestou Pedro Passos Coelho, já depois de ter acusado o secretário-geral do PS «de parecer zangado quando as coisas estão a correr bem ao país».
«Este Governo não está a fazer nem grande festa, nem fala em milagre económico. Não enfio nenhuma carapuça em matéria de eleitoralismo», advertiu Pedro Passos Coelho.
António José Seguro ripostou logo a seguir: «Não pode dizer que estou zangado. Estou indignado, porque o primeiro-ministro passa a vida a enganar os portugueses. Enganou-os em 2011 para conseguir os votos dos portugueses», disse.