O primeiro-ministro afirmou, em Castelo Branco, que um «entendimento conjunto» com a oposição daria ao exterior um sinal «muitíssimo melhor» do país.
«Nós [Governo e oposição] podemos ter desacordo em muitas matérias, mas se todos conseguirmos, a partir da realidade que tivermos, fazer concessões para podermos ter um entendimento conjunto, eu estou convencido que a perceção do exterior que poderia existir sobre Portugal seria muitíssimo melhor», afirmou o governante que esteve em Castelo Branco durante a cerimónia comemorativa dos 500 anos da Santa Casa da Misericórdia local.
Pedro Passos Coelho mostrou-se igualmente convicto de que «a perceção que os portugueses teriam sobre toda a classe política, sobre todos os partidos e sobre o sistema político seria muito melhor, também».
Consciente das diferenças políticas, o primeiro-ministro defendeu a ideia de que o entendimento não colocaria em causa futuras campanhas eleitorais.
«Os portugueses sabem distinguir muito bem as coisas» e «não tenho dúvidas que, no momento em que as pessoas fossem chamadas a decidir, fariam as suas escolhas para futuro», apontou.
Para o primeiro-ministro, entre as vantagens do entendimento está a possibilidade de reduzir os níveis de abstenção.
«Teríamos muito mais pessoas a votar do que temos tido estes anos se tivéssemos capacidade para estar de acordo. Mais pessoas sentiriam motivação para dar o seu contributo positivo através do voto», apontou.