A cobrança ilegal de cirurgias por empresas de dispositivos médicos é uma das alegadas fraudes investigadas pela Polícia Judiciária Militar que terão lesado os subsistemas dos militares e dos funcionários públicos, segundo fonte ligada ao processo.
Em causa estão crimes contra o Estado e corrupção passiva e ativa, bem como outras condutas ilícitas que não são especificadas em comunicado.
A Polícia Judiciária Militar revela que os suspeitos, alvo das buscas, montaram um esquema, conseguindo vantagens patrimoniais elevadas com o qual provocaram avultados prejuízos à ADSE e ADM, os subsistemas de assistência na doença de funcionarios públicos e de militares.
A agência Lusa, que cita uma fonte ligada ao processo, adianta que uma das estratégias assentava em empresas de venda de dispositivos médicos que cobravam cirurgias, estas comparticipadas a 100 por cento pela ADSE e ADM.
Ass empresas em causa nem sequer estavam autorizadas a fazer cirurgias.
Os investigadores identificaram ainda casos de saída de doentes do sistema de saúde público para o privado em que as contas continuavam a cair na ADSE e ADM.
A PJM diz que as buscas foram realizadas em instalações militares, residências de médicos, escritórios de empresas e gabinetes de contabilidade.
A SIC Noticias revela mais pomenores, adiantando que o inquérito envolve médicos urologistas, o Hospital Militar e o Hospital de Saint Louis, em Lisboa.
Nas buscas foram apreendidos vários documentos. A investigação começou há varios meses e partiu de uma denúncia.