Economia

Governo pede à troika «extensão técnica» do programa

17 de Maio continua a ser a meta do governo, mas será sobretudo uma meta política, já que a última avaliação do programa de ajustamento, a 12ª, só termina oficialmente no final de Junho.

No documento a que a TSF teve acesso - a versão do Memorando de Entendimento que foi negociada por estes dias com a Comissão Europeia, o BCE e o FMI -, o governo pede à troika que o PAEF (Programa de Ajustamento Económico e Financeiro), seja extendido até 30 de Junho, cerca de seis semanas para lá da data oficial que tem marcado o discurso político do Governo e cinco semanas depois das eleições Europeias.

No quarto prágrafo da carta à troika, assinada por Paulo Portas, Maria Luís Albuquerque e Carlos Costa, que consta de uma versão ainda preliminar do Memorando de Entendimento a que a TSF teve acesso - a 11ª avaliação ainda está a decorrer -, fica claro o pedido.

Nesse quarto parágrafo pode ler-se: «Pedimos uma extensão técnica do programa, por cerca de seis semanas, até 30 de Junho de 2014, para permitir tempo suficiente para completar a última revisão, e a entrega da última tranche, de 800 milhões de euros.»

Fonte do executivo, directamente ligada às negociações com a Troika, garante que este pedido não altera os planos do executivo, e que surge apenas por exigência do FMI, que não terá tempo de reunir o conselho de administração, e dar por concluída a última avaliação, até 17 de Maio.

A mesma fonte contactada pela TSF, sublinha que nessa data, ou mesmo antes, o Governo espera da Comissão Europeia uma comunicação oficial, confirmando a nota positiva na 12ª avaliação, e o fim do programa de ajustamento.

O PS, contactado pela TSF, diz não ter conhecimento do documento que está a ser negociado pelo Governo junto da troika, nem de qualquer outro documento, e como tal, não toma posição acerca de documentos que desconhece.