Passos Coelho diz que não quer vender a alma ao «diabo da demagogia» e com críticas à esquerda, rejeita responsabilidades nas cosequências da crise.
«Agora que os nossos adversários começaram a culpar-nos das consequências da crise, tentando explorar eleitoralmente os sentimentos daqueles que têm sofrido mais e também o sentimento anti-europeu trazido pela crise é muito oportuno enfatizar que a nossa liderança salvou a Europa e o Euro e muitos dos nossos países da responsabilidade de velhas políticas de natureza socialista», afirma.
Passos Coelho criticou ainda a retórica socialista, dizendo que a crise resolve-se com sacrifício.
«Os nossos cidadãos demonstraram que eles podiam resistir aos maiores sacrifícios. Ele fizeram-no com o realismo daqueles que encaram os facto simples da vida e que entendem que a carga de dívida e a falta de competitividade não desaparecem com retórica política menor mas com esforço e soluções», adianta.
Perante a plateia de militantes do Partido Popular Europeu Passos Coelho confessou que as reformas nem sempre são bem acolhidas, mas são o caminh certo.
«As pessoas sabem o caminho fácil e amigável pode frequentemente tornar-se caro e doloroso. É por isso que é preferível não vender a nossa alma ao diabo da demagogia. Em vez disso mantemo-nos firmes na coerência que cresceu até à dinâmica desafiadora que temos encarado até hoje», realça.
Passos Coelho a falar em Dublin, a lançar críticas à esquerda, e a considerar que os líderes oriundos do Partido Popular Europeus, libertaram a Europa das velhas políticas de natureza socialista.